M.a. Diana Junqueira Fonseca
- Fisioterapeuta graduada pela Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF (2013).
- Residência Multiprofissional em Saúde da Pessoa Idosa - Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ -(2014/2015).
- Mestre em Saúde Pública - Escola Nacional de Saúde Pública - ENSP/FIOCRUZ (2019).
- Fisioterapeuta servidora pública federal na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro -UNIRIO/HUGG - (2018- atual).
- Preceptora dos residentes de fisioterapia no Programa de Residência Multiprofissional no HUGG/UNIRIO (2018 - atual).
- Docente curso de Pós-graduação em Gerontologia - NEZO INOVE-SABER (2019- atual).
- Docente curso de Pós-graduação em Saúde Pública - NEZO INOVE-SABER (2019-atual).
- Atuou por 3 anos como Funcionária Pública do Estado do Rio de Janeiro em hospital de cardiologia.
- Atua com pesquisa e práticas de dança associada à fisioterapia desde 2018.
- Atua com atendimentos domiciliares desde 2014.
Registros de alguns atendimentos
Momentos com pacientes que se tornaram amigos e marcaram minha trajetória profissional. Imagens autorizadas.
Quem sou eu?
Nasci no interior de MG, em uma cidade pequena. Passei minha infância e adolescência livre para brincar na rua, sem maiores medos, tão comuns nas grandes metrópoles. Venho de duas famílias de pessoas longevas e desde pequena sempre gostei de estar com meus avós, tio-avós, passear com eles, conversar. Minha mãe conta que "você sempre gostou de caminhar com a tia avó Maria, filha". Assim como estar e cuidar dos meus grandes ídolos/anciãos familiares foi um grande prazer, desde criança meu amor pela dança atravessou meu corpo e se tornou um grande sentido em minha vida. Através do meu encontro infantil com a dança, paradoxalmente vieram também algumas lesões, que me levaram a frequentar clínicas de fisioterapia na adolescência.
E foi assim que conheci essa profissão, através de dores no meu próprio corpo, e por isso prestei vestibular para cursar fisioterapia. Meu grande sonho aos 18 anos, quando passei para duas universidades federais (UFJF, onde escolhi cursar, e UFRJ), era me tornar fisioterapeuta de bailarinos.
Porém a vida nos afeta e nos transforma, bem como nossos sonhos. No decorrer da graduação tive contato com áreas em que eu sequer sabia que existiam, como a fisioterapia hospitalar. Atravessada por projetos, sonhos e também inseguranças diversas, ao me graduar escolhi me especializar na área em que desde criança eu já mostrava gostar: a saúde da pessoa idosa.
Me mudei para a cidade do Rio de Janeiro no início de 2014, recém formada, para cursar a Residência em Saúde do Idoso na UERJ. Foram dois anos intensos de aprendizados em diversas áreas, como: prevenção de quedas, quadros demenciais, incontinência urinária, tratamento de tonturas, acompanhamento de idosos internados em enfermaria de cirurgia vascular, programa de promoção da saúde, visita domiciliar. Na residência tive o privilégio de aprender que para se cuidar do processo de envelhecimento, o atendimento deve ser integral, interprofissional, em equipe.
Alguns anos após a residência, escrevi um projeto de pesquisa sobre a dança como estratégia de prevenção de quedas para pessoas idosas, e fui aprovada no mestrado acadêmico da ENSP/FIOCRUZ. Ali, pude me transformar não somente como profissional, como também como pessoa. A pesquisa ganhou outro olhar, ao me encantar com o universo até então desconhecido da pesquisa qualitativa, e do paradigma construtivista. Assim, meu olhar profissional sobre o que atravessa o corpo e a saúde foram profundamente modificados, considerando questões como os determinantes sociais em saúde (classe social, acesso à direitos diversos, raça, gênero, idade), questões subjetivas e sociais que influenciam diretamente o processo construção de saúde individual e coletiva.
Desde então (2018), coordeno um grupo de dançaterapia no RENASCER/HUGG/UNIRIO, e sigo buscando um olhar interseccional para minhas grandes paixões: o envelhecimento, as questões de gênero atreladas à saúde, e o corpo (este, atravessado pela corporeidade, pelos determinantes sociais, não somente o corpo físico/máquina). Desde 2021 sou responsável pelo ambulatório de reabilitação vestibular, realizando tratamento para tonturas, no mesmo setor.
Como nem tudo são folhes, nesses mais de 10 anos de profissão também enfrentei muitos desafios, trabalhei em áreas em que não era especialista por necessidade do serviço, como a fisioterapia pediátrica, e áreas em que não me identifiquei, como a terapia intensiva. Apesar das dificuldades, através dessas experiências pude também ter contato com o início do processo de envelhecimento (envelhecemos desde o instante em que nascemos) e com a finitude, condição inerente à cada um de nós.
Por fim, desde o início da pandemia fui uma das responsáveis pela criação do Programa de Telessaúde do Renascer/HUGG, para prestar atendimentos de fisioterapia on-line durante o período de isolamento social.
Além disso, desde o início da minha trajetória profissional me realizo como fisioterapeuta autônoma, prestando atendimentos domiciliares (na casa do paciente) de forma integral, humanizada e interdisciplinar.